terça-feira, 25 de dezembro de 2007

Fugindo da própria sombra

Fujo da minha própria sombra
Tento esquecer meus pesadelos,
Tento esquecer todas as lembranças ruins.
Mas elas me perseguem.



O que fazer para me esconder?
Apagar a luz? Fechar os olhos?
Na escuridão não há sombra,
Porém também não há vida.

De olhos cerrados, a vida parece ser bem mais colorida.
As questões morais são deixadas de lado.
Os questionamentos são esquecidos.
Na escuridão mais profunda, sinto uma falsa felicidade.

Contudo isso não é o real.
A felicidade que sinto é uma troca.
Devo esquecer de tudo e seguir em frente?
Devo fingir que nada aconteceu?

Não. Devo abrir os olhos.
Na luz minha sombra volta a me atemorizar.
É um reflexo distorcido do que sou.
É um reflexo idêntico ao que realmente sou.

Corro, durmo, morro e nada adianta.
Continua no mesmo lugar.
Ela continua ao meu lado,
Mostrando os meus mais tristes sentimentos.

A sombra representa tudo aquilo que não desejo ver,
O que é recorrente em meus pesadelos.
Representa os meus temores,
Representa a verdade que querem encobrir.