terça-feira, 29 de julho de 2008

Nós organizamos o movimento / Nós orientamos o carnaval

É incrível o quanto um modo de viver pode perseguir uma pessoa.
Cada vez mais retorno no tempo, volto décadas atrás e paro na década de 1970.

[O Parangolé é uma peça que me cobre e me faz descobrir a mim mesmo]

Não importa o quanto o tempo avance, permeio sempre entre os mesmos dez anos. Não são só roupas, tatuagens e cabelos que crescem sem controle, mas também um processo mental, uma maneira de pensar.



[A memória agora é editada pelo celular]

Ano passado a incursão/excursão havia começado. Vi Caetano, Maria Bethânia, Tom Zé e Mutantes... Senti e ouvi toda a contribuição que a Tropicália faz ressoar em meu cérebro. Vivi e sobrevivi a uma idade linda, porém trágica.

[Não rimo mais amor com dor]

Descobri que as certezas da vida não precisam ser tão certas assim. É possível planejar sem cercear. É possível deixar tudo fluir sem querer dominar o mundo, mas conseguindo voar por ele.

[Certo como dois e dois são cinco]

Volto de uma semana em que nada se deveu a épocas passadas. Onde mudar o mundo através da arte se tornou novamente algo possível, algo crível. Encontrei meus iguais espalhados pelos mil cantos do Brasil.

[Nós organizamos o movimento / Nós orientamos o carnaval]

São companheiros de bares e de idéias que vão durar para todo o sempre.
Foi bom enquanto durou e vai durar para a eternidade.