terça-feira, 7 de agosto de 2007

O Sétimo Dia

Trágica partida inevitável que é a morte.

O que fazemos em vida trará conseqüências após nossa morte? Haverá um outro lado? De quem é a escolha?

Muitos, durante centenas de anos, já tentaram responder a essas perguntas.
Filósofos, pensadores, poetas, ébrios... - enfim, todos com o estado da mente alterado e apurado.

Com a partida de Bergman e Antonioni, essas questões ficaram permeando minha cabeça de forma ainda mais constante.
No sétimo dia do falecimento de Bergman, assisti “O Sétimo Selo”, filme que trata brilhantemente a relação de temor, aflição, espera, enfrentamento que temos com a Morte.


“Quero confessar com sinceridade, mas meu coração está vazio.
O vazio é um espelho que reflete no meu rosto.
Vejo minha própria imagem e sinto repugnância e medo.
Pela indiferença ao próximo, fui rejeitado por ele.
Vivo num mundo assombrado, fechado em minhas fantasias
(...)
Como podemos ter fé se não temos fé em nós mesmos?
O que acontecerá com aqueles que não querem ter fé ou não têm?”

A morte, personificada ou não, nos persegue durante toda nossa vida:
Durante um acidente o qual escapamos por pouco...
Durante uma doença que nos corrói por dentro e nos mata lentamente...
Durante a solidão que nos faz pedir maior velocidade e eficácia para a Morte...

A questão pertinente deixa de ser sobre o que haverá do outro lado, mas sim sobre como viveremos nossa vida “terrena”.
Sem a certeza do que acontecerá após a nossa morte, o mais certo é viver plenamente, pois não saberemos quando, como ou quão dolorosa será a partida desse mundo.
A não ser que esta seja questão de escolha.

Vivendo e decidindo nossa vida sem pensar em valores morais ou “ocidentais”, teremos dois possíveis finais:
Se estivermos errados, seremos meros pecadores, passíveis do perdão divino, se estivermos certos, teremos aproveitado nossa existência da melhor maneira possível.

Somente posso afirmar uma coisa, caso eu esteja errado, escolho ir para o lugar melhor freqüentado, com as melhores músicas e pessoas... - seja ele onde for.

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